espaço- tempo sem ar

Quando penso em você e em mim,
meus olhos ficam marejados outra vez.
Eu lembro cada pedaço do que chegamos a ser,
Dos muitos dias bons e dos poucos dias ruins.
Nós fomos muito felizes juntos,
Não pense que não entendo sua saudade, 
Pois certos dias eu fico presa em um pequeno espaço- tempo do vazio que ficou sobre nós.
Desde o início,
Quisemos dar certo,
Fomos teimosos com o destino e abrimos espaço em nosso coração para o amor.
Insistimos em ser tudo um para o outro,
E fomos realmente. 

Estou presa agora no espaço- tempo em que citei.

Costumo acreditar que tudo e nada em nossa vida, 
acontece por acaso.
Não acredito em "por acaso", "coincidência".
Eu escolhi você a dedo,
Sempre soube quem era você,
E sabia que haveria felicidade se o plano de amor desse certo.

E deu.

Carrego comigo um grito de "eu te amo" preso no coração,
tenho quase certeza que é para você.
Mas não tenho certeza de nada.
Costumava ter certeza sobre nós e o tempo se encarregou de mostrar que é tudo ponto de vista.
Eu já não tenho ponto de vista sobre nada,
a não ser o que me compete.
E amor não faz parte, 
porque amor precisa ser a dois e sou uma.

Então, engasgo o grito com novas lágrimas de saudade que não pretendo matar.

O tempo se encarregou de direcionar nossas vidas em rumos diferentes,
Hoje só vivo o amor que um dia nós vivemos,
Não presa à ele,
Há memórias que não quero esquecer,
Mas não quero reviver.
Quero apenas que a vida redirecione meu coração,
para longe de saudade tua.

Você foi perfeito em todos os sentidos.

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