Romeu.

a temperatura e a frequência cardíaca agora está irregular,
eu disse que não escreveria mais nessa frequência,
mas brincar de esconde- esconde comigo não tem sido justo.

falamos sobre a relatividade do tempo,
que para nós parecia estar sempre correndo, quando estávamos na companhia um do outro,
foi realmente um piscar de olhos.

eu considerei viver várias histórias,
brincava com você sobre isso,
mas não sabia que realmente viveríamos Romeu e Julieta. (aqui tem um pingo de brincadeira latente, mas com certeza a angústia ainda é mais aparente.)

minha vontade era viver muito mais,
mas talvez fosse mesmo amor de uma fração de segundos,
eu sei que foi incontestável dos dois lados da mesma moeda,
foi autêntico, tangível, verdadeiro.
você e eu nos tornamos aquele verso do Marcello Gugu:
"...Era  pra gente ter sido mágica
Fomos apenas truque
E nosso amor virou
Feijão no pote de sorvete
O meio ponto que faltou
Pra gente passar de ano juntos..."

Nos tornamos a incerteza, 
de maior certeza que eu já vi.

faz tão pouco tempo que nos despedimos,
e que desfecho péssimo para tudo o que fomos, 
concorda? 
não pude nem beijar tua boca uma última vez,
olhar nos teus olhos e ouvir tua risada.

mas ainda sinto teu cheiro quando vou dormir,
algumas vezes no decorrer do dia.

eu disse que seria mais fácil, 
mas tornamos tudo mais difícil.

ou foi só eu?







não consigo encontrar palavras concluir dessa vez,
vai ter que ficar como meu coração.
vivendo num sentimento de talvez, 
perdido.

vou ter que guardar e conviver com as memórias dos teus momentos mais espontâneos, 
ouvir você cantando e mostrando músicas que eu não imaginava fazer parte do seu repertório,
ou ver você descrever como você as sente,
ler com tanta vontade,
conhecimentos que habitam na tua mente e nos livros,
e ver você montar cenários para minha imaginação com detalhes tão vívidos.

(Eu nem sei se você existiu,
Ou é um devaneio que eu criei pra mim- Quando você voltar- Grito Acústico) Mais uma música, porque se não, não seria eu.

eu sinto muito, meu amor, Romeu.
uma parte de mim ficou parada no tempo, 
no limbo dos teus olhos.
eu nunca quis dizer adeus.

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